terça-feira, 3 de junho de 2008

A voz do corpo

É possível observar que o corpo possui uma linguagem própria, capaz de produzir comunicação, ou seja, fazer-se entender. Portanto, pode se dizer que “o corpo fala”, o corpo tem voz.

O movimento constitui uma série de materiais orgânicos (corpo físico) e espirituais (sensibilidade). Em A linguagem do movimento corporal (1989), Lola Brikman explica que a expressão corporal simplesmente funcionaliza a linguagem do corpo em suas formas, componentes, estruturações e desenvolvimento, conduzindo a uma manifestação da personalidade, consciência e autoconhecimento, levando assim a uma fluidez de comunicação.

O corpo tem sua voz, que é expressada através do movimento e, assim, aquele que mergulha na linguagem corporal é capaz de se comunicar com os outros e consigo mesmo.

Bruna Figueiredo (Mar/2007)

4 comentários:

joaofigueiredoredpoesia disse...

Creio que a linguagem do corpo não é simplesmente a linguagem do corpo, é parte da linguagem do ser. O corpo fala o que queremos que ele fale, mas não é só isto, ele fala muito mais do que queremos dizer e do que percebemos estar dizendo; ele vai além das representações e nem sempre nos damos conta disto. Bjaum pra vc.

Bruna Figueiredo disse...

Com certeza o corpo fala mais do que queremos dizer. Qdo digo da linguagem do corpo como expressão, me refiro à linguagem artística, pois o corpo tbm nos ajuda a nos entender e fazer entender no sentido real e simples da comunicação. Por exemplo, já parou pra pensar pq gesticulamos qdo falamos ao telefone com alguém? É para q o outro entenda melhor o q dizemos ou para que nós mesmos possamos melhor nos comunicarmos com o outro??? O movimento, para alguns, é simplesmente o ato de mover algo ou mover-se. Mas a partir do momento em que este ato de mover passa a ter uma intenção real de expressão de algo além da comunicação, o movimento se transforma em dança.

Anônimo disse...

NÃO CONCORDO C O JOÃO. "O CORPO FALA O Q QUEREMOS Q ELE FALE" A LINGUA FALA O QUE ELA QUER ... AS VEZES DIZEMOS AS COISAS DA BOCA PRA FORA. mAS A A ARTEDO CORPO É MUIT OAMIS DIFICIL DO Q SE IMAGINA. e DIFICIL TER O CONTROLE DO CORPO E FAZER ELE FALAR NA HORA CERTA. TEM CORPOS Q SÃO TAGARELAS E CORPOS Q SÃO RESERVADOS. MAS TODOS OS CORPOS FALAM. EXPRESSAR-SE ATRAVEZ DO CORPO E TOCAR UM INSTRUMENTO INTIMO E ESTRANHO AO MESMO TEMPO. nÃO SABEMOS A PRINCIPIO SEU POTENCIAL. nÃO SABEMOS SE E GRAVE OU AGUDO. SE E ALTO, MEDIO OU BAIXO... SEI LÁ QUAIS OUTROS PARAMETROS SONOROS ..(AGORA CORPORAIS) HAUAHUAHU

A ARTE DA DANÇA É A ARTE DO DOMINIO CORPORAL. PSIQUICO, FISICO, ASTRAL.

E QUANDO TUDO ISSO SE ENCONTRA TEMOS O ARTISTA NA CATARSE !!!!

UHUUUUU!!!!

ADORO CATARSE... QUANOD ACONTECE É CLARO!
HAUHAUAHU
BJS BRUNA! COLOQUEI SEU BLOG COMO LINK NO MEU OK...+BJS

Joao Figueiredo disse...

Decididamente eu e o Davidson temos posições bem diferentes em relação ao corpo; eu respeito a sua opinião. Como se pode ver, eu não disse que o corpo não fala o queremos, eu quis dizer que ele fala o queremos dizer, através dos movimentos que temos controle, porém, não somos só corpo, muito menos só corpo e mente consciente; o nosso inconsciente fala também através do corpo,e do nosso inconsciente não temos controle; destarte, quando o corpo fala ditado pelo inconciente, fala aquilo que independe da nossa
vontade. O poeta nordestino cantou que "Nas torturas toda carne se trai (...)displicentemente o nervo se contrai". É claro que o corpo
realmente fala o que queremos quando o utilizamos conscientemente para expressar algo, porém, tal qual as outras coisas existentes no mundo, nosso controle sobre ele é limitado; o ser humano não tem
controle absoluto sobre nada, nem mesmo sobre o seu próprio corpo...
A propósito, o corpo fala o que queremos quando estamos atentos a ele,seja numa representação artística ou qualquer outra forma de de representação; entretanto, quando estamos desatentos, ou seja, quando somos nós mesmos (sem intereferência) do modelo que adotamos e fazemo-lo
representar, ele, o corpo, fala aos quatro cantos sobre quem somos, mesmo se não queremos queremos dizer quem realmente somos: nossos trejeitos, nossos cacoetes, nossos meneios, nossas claudicâncias, nossas expressões de dor ou de medo (fora das representações)e muitas outras denúncias que nosso corpo faz do que se passa no nosso
íntimo, quase sempre só os outros percebem e são alheias a nossa
vontade...